Desejar
é o motor do nosso agir. A emoção é a grande detentora da nossa capacidade de
acreditarmos que somos capazes de conquistar os nossos sonhos.
Vimos
anteriormente que é importante ter um desejo e é importante que esse desejo
seja nosso, pessoal, individual. Outra grande questão relacionada com os
desejos de cada um é que estes não devem ser canalizados num objeto, não devem
ser vividos com a atenção focada em algo concreto, mas sim no sentimento que
lhe corresponde. Por exemplo, se desejarmos viver um grande amor, não devemos
ter a atenção exclusiva numa determinada pessoa. Se assim for, não é o
sentimento que desejamos, mas sim a pessoa, a qual pode, posteriormente,
revelar-se um desilusão e o amor, que tanto desejávamos viver, acaba por ser
uma deceção. Quantas pessoas não fecharam o seu coração na sequência de uma
experiência traumática do género?
Outro
exemplo: se sonhamos em sermos reconhecidos no trabalho, não devemos viver em
função de atingir determinado cargo, pois ao consegui-lo, esse pode não vir com
o reconhecimento de que se estava à espera. Assim sendo, a solução passa por
começarmos a dar e a ser aquilo que nós queremos conquistar: se quiser ser
reconhecido no trabalho, comece por reconhecer os outros; se quiser que sejam
tolerantes consigo, comece por sê-lo com os outros; se quiser que o aceitem
como é, comece por aceitar os outros tal como são; se quiser ter amor na sua
vida, comece por dar amor aos outros.
Primeiro
temos de nos abrir a dar, temos de plantar as sementes. Antes de mais, foque a
sua atenção no que deseja para si e, depois, semeie o que deseja colher.
Rossana
Appolloni