terça-feira, 21 de maio de 2013

SEMEAR DESEJOS



Desejar é o motor do nosso agir. A emoção é a grande detentora da nossa capacidade de acreditarmos que somos capazes de conquistar os nossos sonhos.
Vimos anteriormente que é importante ter um desejo e é importante que esse desejo seja nosso, pessoal, individual. Outra grande questão relacionada com os desejos de cada um é que estes não devem ser canalizados num objeto, não devem ser vividos com a atenção focada em algo concreto, mas sim no sentimento que lhe corresponde. Por exemplo, se desejarmos viver um grande amor, não devemos ter a atenção exclusiva numa determinada pessoa. Se assim for, não é o sentimento que desejamos, mas sim a pessoa, a qual pode, posteriormente, revelar-se um desilusão e o amor, que tanto desejávamos viver, acaba por ser uma deceção. Quantas pessoas não fecharam o seu coração na sequência de uma experiência traumática do género? 
Outro exemplo: se sonhamos em sermos reconhecidos no trabalho, não devemos viver em função de atingir determinado cargo, pois ao consegui-lo, esse pode não vir com o reconhecimento de que se estava à espera. Assim sendo, a solução passa por começarmos a dar e a ser aquilo que nós queremos conquistar: se quiser ser reconhecido no trabalho, comece por reconhecer os outros; se quiser que sejam tolerantes consigo, comece por sê-lo com os outros; se quiser que o aceitem como é, comece por aceitar os outros tal como são; se quiser ter amor na sua vida, comece por dar amor aos outros.
Primeiro temos de nos abrir a dar, temos de plantar as sementes. Antes de mais, foque a sua atenção no que deseja para si e, depois, semeie o que deseja colher.

                                     Rossana Appolloni