quarta-feira, 1 de maio de 2013

A ESTABILIDADE NA VIDA FAMILIAR



      A família tem sido o último reduto onde as pessoas podem acolher-se para terem paz e ganharem energia para os combates do dia-a-dia. Mas, para isso, a vida familiar tem que ter estabilidade.
Esta estabilidade, porém, está constantemente a ser ameaçada pelos múltiplos factores adversos que a sociedade de hoje criou e que, muito particularmente, a sociedade portuguesa está a viver.
Que condições seriam, então, necessárias existirem para que uma família pudesse funcionar adequadamente, de modo a preservar tal estabilidade?
            Ora, para que uma família funcione torna-se necessário que cada um dos seus membros consiga satisfazer, no seu seio, as suas necessidades básicas. E estas passam, no que se refere ao casal, por aspectos de natureza afectiva, de compreensão sobre os factos e as circunstâncias e sobre aquilo que de essencial os une, no que se refere aos valores.
            A insatisfação, o bloqueio ou o desencontro de alguns desses aspectos conduzem ao sofrimento, à infelicidade e irão provocar tensões no seio familiar. E quando nada se tenta fazer para diminuir essas tensões, está a abrir-se o caminho ao distanciamento dos cônjuges, à discussão permanente, à violência conjugal, que terão como desfecho a separação e o divórcio.
Ora, sabe-se quanto de traumático o divórcio, mesmo quando ele se faz de modo civilizado, é para cada um dos pais mas, principalmente, para os filhos. Não raramente a separação dos pais, por maiores que sejam os seus esforços para evitarem sequelas nos filhos, deixa marcas nestes para toda a vida!
Preservar a estabilidade familiar torna-se, pois, uma obrigação de toda a sociedade, pais incluídos.

                                 Mário Freire