segunda-feira, 23 de maio de 2016

HÁ UM PRINCÍPIO, E HÁ UM FIM E ALGO DIFERENTE A ENCETAR




O início do Blog EDUCOLOGIA teve lugar em 30 de Abril de 2011 e o fim, pelo menos em termos de abastecimento, irá ter lugar no mês em curso. Foram cinco anos em que, através de poesia e de prosa, tentámos exprimir, como fundadores e em regime de equipa,  alguns dos sentimentos , no ideal que acalentamos, algumas das nossas ideias na educação, alguns dos valores que nos norteiam, no alargado domínio da educação, de algo relativo à Natureza e modo de a conhecer e proteger. O Blog EDUCOLOGIA exprimiu a vida e anseios atinentes, sendo que esta em nós, como na natureza, é efémera. Somos transitórios assim como a maior parte das nossas obras o são. Obras há, é certo, ficarão para a posteridade. Os textos no Blog exarados talvez não tenham relevância que mereça tal distinção. Eles no entanto, ficarão em ARQUIVO, neste endereço, até que a Google as apague. Proveio do empenho na educação a nossa iniciativa. Outras ocupações, algo paralelas na temática, passaram a ter prioridade.



À preciosa equipa colaboradora e a quantos, por esse mundo fora, milhares em cada mês, nos foram acompanhando, agradecemos a atenção e o incentivo que nos dispensaram.



Até sempre!



Os fundadores,



Mário Freire

João d’Alcor

sexta-feira, 20 de maio de 2016

A ESCOLA, A FAMÍLIA E ALGUMAS INTERROGAÇÕES

                         



Assiste-se hoje a uma tendência para transferir para a instituição escolar o cerne da educação. É aí que as crianças e os jovens passam a maior parte do seu dia social. Já houve uma instituição escolar que se propôs prolongar os seus horários até à meia-noite para que os pais pudessem ir ao cinema!
Ora, os problemas educacionais não se situam apenas na escola mas no tipo de vida que hoje se leva. Não será um certo modo de viver que originará o prolongamento da permanência dos alunos na escola? Não se terá que questionar o local de trabalho dos pais e as distâncias que eles têm de percorrer até aos empregos, o trânsito, o papel das empresas, o comodismo, a ignorância, para se estar a assistir à transferência para a escola da responsabilidade da educação dos filhos? Não estará a família a pactuar com este tipo de modelo?
A educação é o motor do desenvolvimento da pessoa e de um país. E múltiplas são as variáveis que concorrem na educação para que esta possa, efectivamente, ser exercida quer pela família, quer pela comunidade. Às famílias têm que ser proporcionadas condições de vária ordem para que elas exerçam essa grande tarefa. O Estado terá nisso um papel importante. Mas não haverá outras entidades que tenham, também, responsabilidades no proporcionar dessas condições? Muitas empresas, com as tecnologias de que dispõem, não poderiam propiciar, através do teletrabalho, meios para que os pais pudessem estar, em determinadas circunstâncias, mais tempo com os filhos? As instituições da sociedade civil de natureza cultural e de serviço social, muitas das quais pertencentes à Igreja, não poderiam discutir com as famílias, de uma maneira mais próxima, o papel que lhes cabe na educação?
E a escola, como exerce ela o seu múnus? Estão os professores impedidos de interrogarem os acontecimentos e suscitarem essa interrogação junto dos seus alunos? E de criarem espaços de silêncio para reflectirem? Que constrangimentos dificultam o fomentar de comportamentos disciplinados e de exigência? Que modificação é preciso introduzir no funcionamento da escola para que ela possa congregar os pais, se possível, indo até junto deles para os apoiar nas suas relações com os filhos e os esclarecer sobre o papel destes dentro e fora da instituição escolar? 

                                     Mário Freire

                                                            

terça-feira, 17 de maio de 2016

PRIMAVERA




- Surges linda, Primavera. Terás chegado mais cedo?!...
Ou será a luz do sol que dá mais cor ao arvoredo?!...

Que linda vens!... Tantos verdes misturados no teu fato
Como o reflexo da água cristalina do regato.

Quem te fadou de donzela perfumada e colorida
Foi a fada natureza, incenso da tua vida ?!...

 Por Vera te batizaram. Quem tiveste por madrinha?
- Foi o sol, mais a lua e, também, uma andorinha!...

 - O melhor era seres rainha deste reino, o ano inteiro.
Não sair das tuas mãos o cetro do teu castelo!...

 Sinto um cheiro intenso, a rosas, ao abrir minha janela.
- Sou eu que espalho esse odor.
 Escrevo com flores o amor, porque sou a Primavera!...

Aldina Cortes Gaspar

In”ALENTEJO ADENTRO”


sábado, 14 de maio de 2016

GESTA



Nunca há regra sem excepção?
Regra sendo também esta,
haverá contradição?
Sim ou não?  É grande a gesta.

Gesta esta que a razão,
lesta que é no ajuizar,
ao colar o sim ao não,
quer a todos agradar.
                                                                              
Há quem julgue o ser humano,
com tal vício, à nascença,
incapaz de o emendar.

Dogma que recusa engano
e excepção, face a tal crença,

mal se podem conjugar. 

João d'Alcor

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A DIMENSÃO RELIGIOSA NA EDUCAÇÃO

                     



A educação é um dos campos onde a Igreja Católica põe o seu empenho. E isso deve-se ao facto de se considerar que a educação não é apenas uma forma de socializar a pessoa mas, principalmente, de a personalizar e de a formar para a cidadania. Mas, afinal, o que é educar? É proporcionar conhecimentos mas, também, organizar intelectual e emocionalmente as pessoas, hierarquizando saberes e integrando-os numa cultura, promovendo valores, em que os espirituais não fiquem arredados.
Ora, aquelas componentes que constituem o objectivo da educação terão, em primeira linha, que ser iniciadas na família mas, depois, dadas as limitações desta em relação a alguns domínios, nomeadamente os de natureza intelectual, terá que delegar na escola parte da sua função. Mas isto não significa que a escola se deva preocupar apenas com esse domínio.
A educação escolar deveria ser uma experiência de desenvolvimento integral do aluno, em que cada um fosse respeitado e reconhecido e lhe fosse proporcionado o espaço e o tempo para a sua participação e crescimento individual, na sua interacção com os outros. Significa isto que educar não é apenas despejar meia dúzia de conceitos para dentro da cabeça dos alunos. Educar é nortear a actividade junto dos educandos por valores. E que espécie de valores? A educação para a liberdade, para o trabalho, para a responsabilidade solidária, para a verdade, para a exigência em relação a si próprio poderiam ser alguns deles. Mas, também, a dimensão religiosa do ser humano deveria ser uma componente dessa educação. Há que ensinar o aluno a interrogar-se sobre o sentido dos fenómenos que estuda e da vida e não, apenas, o como desses fenómenos.
As escolas católicas têm incluído na sua acção esse objectivo. Mas, também, as escolas públicas poderiam encontrar espaços onde os alunos aprendessem o exercício dos valores atrás referidos, onde reflectissem o porquê dos fenómenos, ao mesmo tempo que os fizessem participar em acções de natureza comunitária, de ajuda aos que precisam, em que o Bem Comum fosse aspecto fulcral. Talvez isso pudesse contribuir para se ter uma sociedade mais ética e nos desse mais competência para enfrentar as dificuldades do País! 


                                              Mário Freire

domingo, 8 de maio de 2016

POUCO




Pouco é o vento que passa
Pouca é a água do poço.
Certezas?!... Um quase nada.
Falsas, as vozes que oiço.

Pouco é o pão minguado.
Até as nuvens merinas
Parecem cão enxotado.
Amas secas, concubinas.

Pouca palavra bem dita
Muito chão de maldizer.
Poucas, as sopas no caldo
Muitas bocas p´ràs comer.

Escasso sol, pouca estrela
Negra a noite, o dia pardo.
- Ata o sonho à caravela   
Leva o trevo, deixa o cardo!...

Muito “cerol” gafado
Muita aiveca, pouca relha.
Muita intrujice de enfado
Palestra “podre de velha”.

Pouca “prata”, vã riqueza
Negridões a cirandar.
Pouca abundância na mesa
Má fortuna a agourar.

Cada carreiro um barranco
Em cada esquina um ganir.
Noites passadas “em branco”
Sem medrar e sem dormir.

Tudo é “conversa fiada”!...
MUITO é NADA quando há fome.
- Até a hóstia é salgada!...
Morre o longe, em “calquer home”.

Não vá o caldo entornar
Ou a água ficar turva
Mais vale ouvir e calar:
- Muita parra, pouca uva!...

E sem conceitos galantes
Com dizeres de baixo custo
Mais Verdade havia dantes
Mais Honra, o Afeto mais justo.

Este mundo está do avesso
Até mesmo, no olhar.
Só se olha de arremesso
Com óculos escuros a tapar.

Neste mundo aos trambolhões
 Justiça tem “fraca perna”.
Usam binóculo, os vilões
Quem é puro vê de lanterna!...

Aldina Cortes Gaspar 

In”PEDAÇOS”


quinta-feira, 5 de maio de 2016

SUPERFÍCIES DE APLANAÇÃO, UMA INEVITABILIDADE DO CAMPO GRAVÍTICO TERRESTRE




Planície alentejana com a Serra do Caldeirão no horizonte. 
Desenho de João Alveirinhp Dias


Do mesmo modo que tudo cai de cima para baixo por força da gravidade e uma vez que, no nosso planeta, existem agentes promotores de erosão, as montanhas tendem a ser arrasadas e os materiais resultantes dessa erosão acumulados nas depressões. Se não houvesse forças internas que, de tempos a tempos, geram montanhas, sejam elas de que tipo forem, a superfície dos continentes seria tão plana quanto a das águas em repouso.
É curioso lembrar que, no século X, os membros de uma fraternidade de filósofos ismaelitas, conhecida por “Irmãos da Pureza”, (Ikhwan al-Safa, em árabe), que se admite ter estado sediada em Bassorá, no Iraque, escreveram numa enciclopédia que nos legaram “os continentes, uma vez arrasados pela erosão, ficam ao nível do mar”.
Desde sempre, filósofos, geógrafos, naturalistas e geólogos se depararam com esta realidade do relevo em todas as latitudes da Terra, que é o confronto entre as planícies e as montanhas. Portugal não foge a esta dualidade. À planície alentejana opõe-se a orografia bem mais acidentada do centro e norte do território.
Na origem, o termo planície, que nos chegou vindo do latim “planitie”, significa superfície plana. Como vocábulo do léxico geográfico, esta mesma palavra passou a referir uma extensão maior ou menor de terreno aplanado, de notada horizontalidade e, na maioria dos casos, a muito baixa altitude, onde a sedimentação supera largamente a erosão. Os geógrafos distinguem planícies fluviais e planícies costeiras ou litorais.
As planícies fluviais formam-se, as mais das vezes, na zona vestibular dos rios, ou seja, nos troços mais próximos da foz, propícios ao desenvolvimento de meandros divagantes. São limitadas por aclives (vertentes a subir), ou seja, estão rebaixadas relativamente aos terrenos envolventes. São exemplos de planícies fluviais a lezíria (do árabe al jazīrâ) e os mouchões do Tejo, os campos do Mondego, do Sado, do Caia e do Sorraia e os sapais de Corroios e de Castro Marim. Favoráveis à sedimentação fluvial, comportam muitas vezes corpos de águas paradas, como pântanos (ou pauis) e braços mortos de meandros abandonados.
As planícies litorais ou costeiras têm por limites de um lado, o mar e, do outro, um aclive, muitas das vezes, uma antiga falésia ou arriba (arriba fóssil). São exemplos de superfícies litorais a que se estende para sul de Ovar até a Serra da Boa Viagem, muitas vezes referida por gândara, a que se prolonga entre esta Serra e a Nazaré, a alentejana, entre a foz do Sado e Sines, e a campina entre Faro e Olhão. Propícias à sedimentação marinha e/ou dunar arenosa, com elas se relacionam restingas, ilhas-barreiras, lagunas (rias) como as de Aveiro e de Faro-Olhão e lagoas como as de Fermentelos (Pateira), Óbidos, Melides e Santo André.
Ao contrário das planícies, os planaltos, como o nome indica, são superfícies aplanadas em altitude (convencionalmente, acima dos 300 m) limitados por vertentes que descem para terrenos a cotas inferiores. Ao contrário das planícies, os planaltos são, sobretudo, sede de erosão. Entre nós, é frequente falar-se dos planaltos transmontanos, do planalto da Guarda e, até, do planalto da Torre, no cimo da Serra da Estrela.
O estudo das superfícies de aplanação é um dos temas mais explorados na dialética entre geógrafos e, com a evolução da geografia física para a geomorfologia, entre geomorfólogos.
Nesta troca de ideias há que registar os modelos concebidos por William Morris Davis (1850-1934), Walther Penk (1888-1923), Julius Büdel (1903-1983) e Lester Charles King (1907-1989). Em 2005, na monumental obra em três volumes, GEOGRAFIA DE PORTUGAL, editada pelo Círculo de Leitores e dirigida pelo Prof. Carlos Alberto Medeiros, o nosso saudoso colega (e meu ex-aluno), António Brum Ferreira foi o autor do primeiro volume “ O Ambiente Físico”, onde, em palavras simples mas rigorosas sintetiza as ideias destes quatro autores.
No artigo “The Geographical Cycle” que ficou célebre na geografia de finais do século XIX, W. M. Davis, professor da Universidade de Harvard, divulgou o conceito de “peneplaine” (peneplanície na versão portuguesa) como um tipo de aplanação inacabada, a relativamente baixa altitude, fruto de um longuíssimo desgaste por parte da erosão fluvial. O elemento de origem latina “pene” que escolheu para antepor à palavra “planície”, significa “quase”, pelo que foi e continua a ser, sobretudo, no sentido de “quase planície” que este vocábulo entrou no léxico geográfico e geomorfológico. Largamente divulgado por prestigiados geógrafos franceses, como Emmanuel de Martonne (1873-1955), Henri Baulig (1877-1962) e Pierre Birot (1908-1984), o conceito de peneplanície estendeu-se aos geógrafos portugueses, então ainda francófonos na sua maioria.
Conhecido como o “pai da geografia americana”, Davis partiu da convicção de que, a períodos relativamente curtos de elevação do relevo, se seguiam outros imensamente longos, de grande estabilidade, favoráveis à erosão. Por outro lado, tendo centrado o essencial do seu trabalho de campo nas regiões sob clima temperado-húmido, o modelo de aplanação que concebeu e divulgou assenta, fundamentalmente, na erosão realizada pelos cursos de água. Neste processo, que designou por “erosão normal”, Davis escolheu o adjectivo “normal” no propósito de poder usar este tipo de erosão como norma ou padrão de comparação com os de outros ambientes climáticos.
Na concepção de Davis, a peneplanície, que interpretou como resultante da erosão de uma montanha nos parâmetros em que a definiu, pode ser elevada por subida do continente (epirogénese) ou por descida do nível do mar, dando início a novo e idêntico processo erosivo, numa repetição a que deu o nome de ciclo de erosão.
Um argumento contra a prolongada imobilidade tectónica pressuposta no modelo davisiano foi apresentado, vinte e cinco anos depois, pelo jovem geomorfólogo austríaco, Walther Penck (1888-1923), no livro que nos deixou, “Die Morphologische Analyse”, editado postumamente em 1924. Porém, o modelo de Davis só sofreu contestação, em 1953, quando este livro foi traduzido para inglês, sob o título “Morphological Analysis of Landforms”. Influenciado pelas observações geomorfológicas a que procedera na região da Floresta Negra, onde um conjunto de superfícies aplanadas se escalona em degraus (Piedmonttreppen) nos flancos da montanha, Penck argumenta, neste seu livro, que o processo de erosão do relevo ocorre simultaneamente de forma gradual e contínua com o de elevação do mesmo relevo.
Pouco mais de três décadas depois, na Alemanha, Julius Büdel (1903-1983) revelava um outro processo conducente à origem de uma superfície de aplanação. Experimentado na geomorfologia de regiões tropicais do tipo savana quente, com uma estação húmida acentuada, propícia à formação do rególito, ou seja, de uma capa de meteorização das rochas do substrato, este geomorfólogo defendia, na sua obra "Zeitschrift für Geomorphologie", publicada em 1957, a ideia da existência de duas superfícies com realidade no terreno: a superfície topográfica, em contacto directo com a atmosfera, ou seja, a que suporta a paisagem, sujeira a erosão pelas águas de escorrência e fluviais; e a superfície basal, entre o rególito e a rocha sã, tanto mais profunda, quanto maior fosse a espessura do rególito.
Büdel defendia que, quando a humidade prevalecesse relativamente à secura, a meteorização é mais veloz do que a erosão. Se o clima regional evoluir no sentido da aridez, a erosão torna-se mais intensa do que a meteorização das rochas, podendo, no limite, pôr a descoberto a dita superfície basal que, assim, se transforma numa superfície de aplanação.
Um outro modelo contraposto à peneplanície e, talvez, o que mais movimentou a comunidade de geógrafos e geomorfólogos foi concebido e divulgado pelo geomorfólogo sul-africano Lester Charles King (1907-1989), na obra "The Morphology of the Earth", publicada em 1962. Inglês de nascimento, este professor da Universidade do Natal, procurou explicar aplanações recentes e antigas por uma outra via radicalmente diferente da de Davis, tendo baseado o seu modelo na evolução do relevo que lhe foi dado observar na regiões subáridas. Ao percorrer estas regiões, este que foi um dos mais influentes geomorfólogos do século XX, notou que as planuras destas regiões terminam, abruptamente, contra escarpados íngremes. Verificou que a superfície do terreno na base deste escarpados, a que deu o nome de “pediment”, (pedimento, na versão portuguesa) se apresentava minimamente inclinada, talhada pela escorrência de águas selvagens) carregadas de detritos. Para o autor, é o desenvolvimento destas superfícies que conduz à pediplanície, “pediplain”, na versão inglesa.
Na concepção de King, a pediaplanação, ou seja, o desenvolvimento da pediplanície vai alastrando em detrimento do relevo que, consequentemente, vai recuando, deixando, por vezes, testemunhos isolados, controlados pela estrutura geológica do terreno (dobras, falhas e outras). Aos ditos testemunhos, isolados como se fossem ilhas, salientes da pediplanície, o geógrafo germânico Wilhelm Bornhardt (1864-1946) deu o nome de “Inselberg” (do alemão “Insel”, que significa ilha, e “Berg”, que quer dizer monte) termo que, à letra, significa monte-ilha.

Embora algumas das suas ideias e interpretações, como, aliás, todas as outras, sejam questionáveis, King estimulou a comunidade dos geógrafos e geomorfólogos a repensar e rever criticamente os agentes e os mecanismos que conduziram e conduzem à aplanação do relevo.

                             Galopim de Carvalho

segunda-feira, 2 de maio de 2016

GERÊNCIA




Muito evoca o termo gerir:
Pede o verbo o substantivo.
No presente, visa o porvir,
tendo o foco num motivo.

Vem a ser este o motor,
uma vez bem definido.
Mediante ele, qualquer gestor
vê e aponta o bom sentido.

Conta muito, de facto, o  tempo;
um factor a ponderar,
em matéria de gestão.

Mas, no auge, ‘stá o talento
de saber estimular,

gerindo a motivação.

João d'Alcor