sábado, 15 de março de 2014

OS VINCOS QUE NÃO DESAPARECEM



            Segundo dados agora divulgados referentes a 2013, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa registou mais casos de violência escolar e eles indicam que a violência escolar aumentou quase 22% no último ano. Esses dados abrangem as comarcas de Lisboa, Angra do Heroísmo, Ponta Delgada, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira, Almada e Barreiro.
            A propósito do tema da violência na escola, recebi há dias um pps, daqueles que andam a circular pela internet sem autor conhecido, que achei poderia ter cabimento reproduzi-lo nesta crónica, correndo o risco de alguns dos leitores já dele terem conhecimento. Eis o que ele diz:
“Uma professora quis ensinar à sua turma os efeitos do bullying. Deu a todos os alunos uma folha de papel e disse-lhes para a amarrotarem, deitarem para o chão e pisarem. Em suma, podiam estragar a folha o mais possível mas não rasgá-la. As crianças ficaram entusiasmadas e fizeram o seu melhor para amarrotarem a folha, tanto quanto possível.
A seguir, a professora pediu-lhes para apanharem a folha e abri-la novamente com cuidado, para não a rasgarem. Deviam endireitar a folha com o maior cuidado possível. A senhora chamou-lhes a atenção para observarem como a folha estava suja e cheia de marcas. Depois, disse-lhes para pedirem desculpa ao papel em voz alta, enquanto o endireitavam. À medida que mostravam o seu arrependimento e passavam as mãos para alisar o papel, a folha não voltava ao seu estado original. Os vincos estavam bem marcados. A professora pediu então para que olhassem bem para os vincos e marcas no papel. E chamou-lhes a atenção para o facto que essas marcas nunca mais iriam desaparecer, mesmo que tentassem repará-las.
‘É isto que acontece com as crianças que são “gozadas” por outras crianças - afirmou a professora – vocês podem pedir desculpa, podem tentar mostrar o vosso arrependimento, mas as marcas, essas ficam para sempre.’ ”.
A mensagem foi dirigida a crianças. Talvez muitos adolescentes das nossas escolas precisassem, igualmente, de receber mensagens deste tipo!


                                                    Mário Freire