quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O AMBIENTE DE APRENDIZAGEM DO ALUNO


          Os grandes objectivos educacionais têm em vista proporcionar aos alunos não só a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades que lhes permitam compreender e mover-se, pelo menos satisfatoriamente, no mundo em que vivemos como dar-lhes um espírito crítico que os façam ser pessoas eticamente intervenientes na sociedade.
            Tais objectivos, no entanto, não são suficientes para uma autêntica acção educativa no nosso universo globalizado e interactivo em que nos movemos. Eles têm, também, que se preocupar com os métodos e instrumentos que cada um utiliza para o seu desenvolvimento.
            Nos dias que correm, em que o aluno, mediante as tecnologias que lhe estão disponíveis, tem acesso instantâneo à informação, ele adquire saberes e constrói ambientes que interferem com o sistema escolar.
            Ora, o ambiente de aprendizagem do aluno é constituído por objectos mas também por pessoas. E são, frequentemente, estes objectos, com usos múltiplos, que vão veicular a interacção com as pessoas, independentemente da distância a que elas se encontrem.
Se estudos, em que se pretendia integrar as informações obtidas através das diversas actividades do aluno dentro e fora da escola, existiam há já alguns anos, nos tempos que estamos a viver, com as múltiplas formas, fáceis, instantâneas e sem fronteiras a que a informação chega aos jovens, esses estudos ganham uma nova actualidade.
Um desafio que vale a pena, então, tentar por parte dos educadores e dos que pensam a educação: como fazer a articulação entre as aprendizagens de fora e desenvolvê-las e as de dentro da escola?

                                                   Mário Freire