terça-feira, 19 de março de 2013

CYBERBULLYING



“ Estou preocupado, mas não sei o que fazer” disse-me um amigo quando tomávamos café. A sua filha de onze anos confessou-lhe que estava a ser “bullied online” mas que não sabia por quem.
Como proceder? Como averiguar da gravidade do problema?
O rápido desenvolvimento tecnológico tem contribuído para a forma como interagimos individualmente e em grupo. Apesar do enorme potencial da Internet para redesenhar o mundo, nem por isso deixa de haver limites para a conectividade. A fraude, a redução da privacidade, o roubo de identidade fazem parte do mundo online. Os filhos mas também os pais, todos se preocupam com a existência de predadores na rede global.
O cyber bullying ocorre quando uma criança ou um jovem são molestados (envergonhados, ameaçados ou, de alguma forma, perturbados) por outro jovem, usando a Internet. Têm mesmo sido relatados casos de suicídio de adolescentes relacionados com o cyber bullying, o que faz com que o assunto seja discutido frequentemente em reuniões de política educativa envolvendo pais e professores. O fenómeno parece ser mais frequente na Europa do Norte.
Curiosamente, o agressor toma muitas vezes o papel de vítima e vice-versa. Guias destinados à protecção dos utilizadores da Internet recomendam uma vigilância constante dos pais e professores e um diálogo permanente com os seus educandos.
A nível educativo, são colocadas questões da maior importância. Qual a responsabilidade dos educadores na monitorização do tempo de estudo online, durante a permanência dos estudantes na Escola? Como aplicar os protocolos de segurança recomendados?
O cyber bullying é apenas um exemplo dos constrangimentos tecnológicos do mundo moderno que preocupam os responsáveis pelo planeamento da aplicação da tecnologia à educação. O fenómeno é transversal a todas as regiões do mundo, incluindo as mais pobres. Para controlar a situação, têm sido feitos importantes esforços no sentido de:

1.Desenvolver a capacidade crítica dos estudantes, relativamente à informação disponível pelo simples clicar de um botão.

2.Incentivar o controlo de qualidade do e-learning.

3.Formar os educadores de modo a optimizar a utilização das ICTs no ensino e na aprendizagem.

O mundo está em permanente mudança. A questão é: Estarão as nossas escolas a acompanhar essa mudança?

                                           FNeves