“
Estou preocupado, mas não sei o que fazer” disse-me um amigo quando tomávamos
café. A sua filha de onze anos confessou-lhe que estava a ser “bullied online”
mas que não sabia por quem.
Como
proceder? Como averiguar da gravidade do problema?
O
rápido desenvolvimento tecnológico tem contribuído para a forma como
interagimos individualmente e em grupo. Apesar do enorme potencial da Internet
para redesenhar o mundo, nem por isso deixa de haver limites para a
conectividade. A fraude, a redução da privacidade, o roubo de identidade fazem
parte do mundo online. Os filhos mas também os pais, todos se preocupam com a
existência de predadores na rede global.
O
cyber bullying ocorre quando uma criança ou um jovem são molestados (envergonhados,
ameaçados ou, de alguma forma, perturbados) por outro jovem, usando a Internet.
Têm mesmo sido relatados casos de suicídio de adolescentes relacionados com o
cyber bullying, o que faz com que o assunto seja discutido frequentemente em
reuniões de política educativa envolvendo pais e professores. O fenómeno parece
ser mais frequente na Europa do Norte.
Curiosamente,
o agressor toma muitas vezes o papel de vítima e vice-versa. Guias destinados à
protecção dos utilizadores da Internet recomendam uma vigilância constante dos
pais e professores e um diálogo permanente com os seus educandos.
A
nível educativo, são colocadas questões da maior importância. Qual a
responsabilidade dos educadores na monitorização do tempo de estudo online,
durante a permanência dos estudantes na Escola? Como aplicar os protocolos de
segurança recomendados?
O
cyber bullying é apenas um exemplo dos constrangimentos tecnológicos do mundo
moderno que preocupam os responsáveis pelo planeamento da aplicação da tecnologia
à educação. O fenómeno é transversal a todas as regiões do mundo, incluindo as
mais pobres. Para controlar a situação, têm sido feitos importantes esforços no
sentido de:
1.Desenvolver
a capacidade crítica dos estudantes, relativamente à informação disponível pelo
simples clicar de um botão.
2.Incentivar
o controlo de qualidade do e-learning.
3.Formar
os educadores de modo a optimizar a utilização das ICTs no ensino e na
aprendizagem.
O
mundo está em permanente mudança. A questão é: Estarão as nossas escolas a
acompanhar essa mudança?
FNeves