Preparar os
jovens para entrar no mercado de trabalho é muito mais que lhe dar uma formação
inicial; todos os trabalhadores deverão melhorar as suas competências de modo a
poder progredir na carreira e adaptar-se às exigências do mundo laboral.
Cada vez mais os empregadores
desenvolvem as suas actividades à escala internacional; daí que muitos países
implementem a sua política de competências de modo a oferecer mão-de-obra
qualificada às suas empresas, incluindo as que foram deslocalizadas,
contribuindo ainda para a redução da emigração, em especial a que envolve mão-de-obra
qualificada.
Uma forma de
encorajar o desenvolvimento de competências à escala internacional consiste em
conceber políticas que favoreçam a internacionalização do ensino superior.
A mobilidade
internacional dos estudantes aumentou consideravelmente nos últimos anos. Para
os empregadores do país de acolhimento, os estudantes em mobilidade
internacional apresentam uma vantagem: as suas qualificações são fáceis de
avaliar. Muitos deles trabalham a tempo parcial enquanto estudam, o que lhes
permite criar laços com a sociedade e com o mercado de trabalho do país de
acolhimento e, posteriormente, encontrar um emprego.
Os fluxos migratórios
podem, igualmente, ter efeitos positivos sobre o capital humano dos países de
origem: os emigrantes que regressam trazem com eles conhecimentos e experiência
úteis para o seu país. Para aproveitar estas vantagens, muitos países
esforçam-se por facilitar e até encorajar o regresso dos seus cidadãos (não é o
caso que sucede presentemente em Portugal). Esse encorajamento pode consistir
em medidas de carácter fiscal que possam abranger quadros qualificados e outros
que queiram regressar ao seu país.
FNeves