quarta-feira, 26 de junho de 2013

DAR OPORTUNIDADES À IGUALDADE


          O Conselho Nacional de Educação publicou, como se viu em crónica anterior, um relatório em que analisa e compara múltiplos aspectos e situações do nosso sistema educativo. Ele faz, igualmente, um conjunto de recomendações, umas de natureza geral e outras de natureza específica.
            Ora, entre as primeiras, há uma que se intitula de Vencer as desigualdades. Trata-se da enunciação de um conjunto de situações que, a serem vencidas, poderiam trazer-nos uma sociedade com maior justiça social. Claro que, ao pretender-se uma sociedade com menos desigualdades não significa que se tratem todos da mesma maneira.
A educação é um processo que visa a pessoa no seu todo. Ora, cada pessoa é um ser complexo e único. As pessoas são diferentes umas das outras por serem portadoras de características, herdadas e adquiridas, igualmente diferentes. Só partindo desta diversidade a acção educativa pode alcançar os seus objectivos: formar homens e mulheres mais sabedores, mais dotados de sensibilidade, mais autónomos, mais responsáveis e onde haja uma maior igualdade.
O relatório do Conselho Nacional de Educação enumera seis tipos de desigualdades: desigualdades face ao acesso, desigualdades face ao sucesso escolar, desigualdades entre gerações, desigualdades entre regiões e entre municípios, desigualdades entre escolas e desigualdades entre sexos. Numa pequena crónica como esta mais não é possível do que enumerá-las. O conteúdo das mesmas, contudo, talvez possa inspirar todos aqueles que, no poder político, no sistema de ensino e na sociedade em geral, têm possibilidades de reduzir as referidas desigualdades.


                                   Mário Freire