Em
19 de Setembro de 1867 já a vereação (da Câmara de Castelo Branco) se precavia
da precariedade de recursos económicos, recordando que “logo que a obra
arrematada fosse, serviriam os aludidos documentos para solicitar ao Governo de
Sua Majestade os 4000 réis por metro quadrado, recomendando por isso todo o
cuidado em que tais papéis não perecessem ou deteriorassem” .
Em
24 de Outubro de 1868, em sessão da Câmara, relata a respectiva acta que
“(…)compareceu Francisco dos Santos Bicho que apresentou um requerimento
pedindo autorização para concluir o contrato que por escritura pública
celebrara com a Camara de construir a casa para a escola de ensino primário no
sitio do Castelo, ou que aliaz a Camara lhe mande pagar a importancia da obra e
materiais no local da mesma que exceder a importância recebida. A Camara
deliberou que se oficiasse ao Director das Obras Públicas do Distrito a fim de
deliberar em presença do projecto da obra qual a importância da obra feita e
dos materiais no local da mesma depositados para se satisfazer ao requerente (…)
”.
Na
sessão seguinte, em 7 de Novembro de 1868, o executivo volta a deliberar sobre
o tema da construção da escola, considerando que a amplitude da obra destinada
a um elevado número de alunos tornava a construção muito dispendiosa, não tendo
a Câmara meios pecuniários disponíveis para o efeito. Nesta conformidade,
deliberou-se requerer ao Governo de Sª Majestade a comparticipação oficial de
4.000 réis por cada metro de superfície de construção, pedido que foi
formalizado em seguida.
Mas
o problema continuou a ser adiado, como se pode depreender da informação
contida num ofício do Governo Civil referido na acta de 16 de Agosto de 1871
(decorridos aproximadamente 3 anos) em que é citada a Portaria do Ministério do
Reino de 19 de Julho em que Sª Majestade, tomando em consideração as
representações da Câmara em que pedia a concessão do subsídio para acabamento
da escola de instrução primária, concedia o subsídio de 1 conto e seiscentos
mil réis.
Francisco Goulão