Perceber
por que queremos atingir determinada meta (alterar um velho hábito, ter mais
proveito no trabalho, ter melhores notas, melhorar as relações sociais, etc.) é
a condição primária para termos o máximo rendimento no quer que seja.
Os
“tenho de” podem-nos fazer seguir em frente por algum tempo, mas a longo prazo
deixam de ser suficientes para nos manterem naquele caminho. Os psicólogos
Edward L. Deci e Richard M. Ryan desenvolveram a chamada Teoria da
Autodeterminação no âmbito do modelo motivacional que nos ajuda a compreender
melhor em que circunstâncias é que as pessoas mais facilmente atingem os seus
objetivos.
Segundo
esta teoria, as pessoas sentem-se mais realizadas quando satisfazem três
necessidades psicológicas essenciais:
1.
Sensação de competência: para nos sentirmos competentes, precisamos de procurar
fazer atividades que nos ajudem a experimentar a satisfação de sermos bons em
qualquer coisa.
2.
Ligação com outras pessoas: somos seres sociais, pelo que todos procuramos
estar em companhia uns dos outros; essa é uma das razões pelas quais quando se
tenta obter um objetivo em conjunto, as possibilidades de sucesso aumentam.
3.
Autonomia, isto é, a sensação de escolher livremente o que quer fazer. Se uma
pessoa for motivada para fazer alguma coisa apenas por pressão externa, antes
ou depois acaba por sabotar os seus próprios esforços.
Encontrar
atividades que vão ao encontro das suas necessidades pessoais aumenta as
probabilidades de alcançar a meta.
Um
estudo feito com obesos demonstrou que as pessoas que perderam peso em troca de
dinheiro (motivação externa) recuperaram os quilos a mais após a cessação dessa
recompensa económica, enquanto que os obesos que desenvolveram motivações
intrínsecas para o fazer tiveram excelentes resultados a longo prazo.
Cada
um de nós só precisa de identificar as motivações autónomas, profundas e
individuais que nos levam a encontrar a solução ideal para cada um de nós.