quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O INVESTIMENTO NA EDUCAÇÃO


Tem havido nas últimas décadas uma grande expansão do ensino superior em todo o mundo. Em 1995, por exemplo, os EUA constituíam o padrão de comparação no que diz respeito ao sucesso educativo; hoje, os EUA constituem um performer de média dimensão, dado que muitos outros países têm promovido o ensino superior de forma muito mais consolidada.
Num universo de 36 países (34 países da OCDE, Brasil e Federação Russa), cerca de 40 milhões de pessoas perto da idade de reforma possuem formação de nível universitário; esse valor passa a 81 milhões para pessoas prontas a entrar no mercado de trabalho. A situação referida é particularmente importante em certos países, como a China que, neste aspecto, se aproxima rapidamente dos EUA.
Que causas poderão ser apontadas para tal situação? A educação de nível superior traz benefícios económicos substanciais, quer para os indivíduos quer para as sociedades. Nos países da OCDE, uma pessoa com uma educação de nível universitário pode esperar ganhar 50% mais do que uma pessoa com uma educação de nível secundário. Em termos brutos, poderá, ao longo da vida, receber mais algumas centenas de milhar de euros. Pagará, em consequência, mais impostos e contribuições sociais.
Em contrapartida, não completar o ensino secundário, conduz a salários substancialmente mais baixos e a uma maior probabilidade de desemprego. Na crise global de 2008-2009, a taxa de desemprego nos países da OCDE foi em média de 4% comparativamente com os 10% entre aqueles que possuíam apenas formação secundária.
Concluindo, poderemos dizer que o investimento público e privado na educação, compensa não apenas financeiramente, mas também noutros aspectos menos quantificáveis, que é possível identificar na sociedade actual.

                                                                                        FNeves