Uma gota d’água fresca,
luzidia
Caiu sobre a vastidão
da natureza.
Uma lágrima de fada,
ela parecia.
Nem aos deuses coube,
assim, tanta beleza.
Caem gotas, muitas
gotas, podes vê-las
P’la vidraça da janela
sem abrires.
Brilham como diamantes,
como estrelas.
Todas juntas vão lavar
o arco - íris.
Caem bruscas, as
catraias das gotinhas!...
Cai a chuva picadinha
lá do céu.
Ansiosas, as esperam,
as meninas
P’ra com elas salpicar
o seu chapéu.
As gotas diluídas na
corrente
Vão encher todo o rio
até à foz.
Põe-se o sol com mais
cor, lá no poente
E a vida vibra mais
dentro de nós!...
No cair de uma chuvada
há melodia.
Após, cada tempestade, surge
a bonança.
Fica a Terra inundada
de poesia
De
baladas, fantasias e esperança!...
Aldina Cortes Gaspar