Os
nossos níveis de satisfação e de insatisfação, na maioria das vezes, têm a ver
com os pontos de referência com os quais nos comparamos. Quando nos comparamos
com os que têm mais, sentimo-nos mal. Quando nos comparamos com os que têm
menos, sentimo-nos gratos.
Apesar
de termos exatamente o mesmo em qualquer dos casos, os nossos sentimentos
perante a vida variam drasticamente em função daqueles com quem nos comparamos.
Basta pensar nos Jogos Olímpicos: receber uma medalha de prata ou de bronze
pode implicar uma emoção positiva extremamente forte quando comparado com os
que ficaram para trás, ou de extrema tristeza quando comparada com quem ganhou
a de ouro.
Devemos
evitar comparações, quer para nos sentirmos melhor ou pior. É positivo
identificarmos modelos que nos ajudem a estabelecer metas, mas dentro do que é
possível atingir e com o que temos ao nosso alcance.
Nós
somos imperfeitos, essa é a nossa riqueza. Somos uma mistura complexa de
capacidades e limitações. As pessoas felizes aceitam os insucessos como
oportunidades de aprendizagem, pois são os que mais falham que mais aprendem e
mais longe chegam.
As
pessoas infelizes, pelo contrário, tendem a assumir o fracasso e a exacerbá-lo,
usando-o não só como uma representação de si próprias como também como uma
previsão de resultados futuros. Sendo assim, vale a pena alimentarmos a nossa
autoestima e termos como referência nós próprios: o que somos e o que queremos
alcançar.
Quando
o desejo é fruto do nosso eu mais profundo, faremos sempre o nosso melhor e já
isso é um grande sucesso!
Rossana Appolloni