terça-feira, 8 de janeiro de 2013

DIFERENCIAR AS TAREFAS PARA PROGREDIR NA APRENDIZAGEM



Proporcionar uma igualdade de oportunidades a todas as crianças e jovens de modo que possam desenvolver o seu potencial até ao limite das suas possibilidades é um desafio que se coloca aos políticos mas, igualmente, àqueles que directamente lidam com os problemas educacionais. 
Ora, todos nós somos diferentes uns dos outros. Propor as mesmas matérias e idênticos métodos à generalidade dos alunos de uma mesma turma não parece, pois, a maneira mais adequada para se alcançar esse grande objectivo. Há que diferenciar e personalizar as matérias e os métodos a utilizar, tentando que cada aluno aprenda de acordo com as suas próprias características.
Esta ideia já vem de longe, tendo sido sucessivamente retomada e ampliada. E ela ganha tal importância nos nossos dias que é considerada, nestes começos do século XXI, como um dos pilares em que assentam os grandes propósitos das reformas dos sistemas educacionais.
Ora, se no plano teórico ela é aliciante, a sua concretização nem sempre se torna fácil, muito especialmente quando as turmas têm um elevado número de alunos. A pergunta surge, pois, naturalmente: como diferenciar, então, o ensino e a aprendizagem? É possível propor um trabalho diferente para cada aluno? Como preparar trinta actividades diferentes?
Mas se a diferenciação individual se torna difícil em turmas de trinta alunos, tal poderá ser minorado se essa mesma turma for dividida em grupos de nível mais ou menos semelhantes e para cada um deles se propuserem tarefas que tenham em conta as características dos que os constituem. Claro que quanto menor for o número de alunos por grupo, maior será o número destes e, como consequência, maior o número de actividades a propor.
É uma maneira de o professor praticar a diferenciação, tendo em vista a personalização. Mas não haverá outros modos de a concretizar?


                                                                 Mário Freire