Impossível
Escrever
para ti
Quando
os meus versos se partem
À
medida que passas.
Impossível
Talhar-te
em espaços
Quando
os meus esquemas
São
estudos menores
Comparados
à tua radiosa clarividência.
Impossível
Não
ceder ao ceticismo
Não
esfarrapar as palavras
Perante
a arrogância das noites paradas
E
das caminhadas sem resposta.
Impossível,
ainda
Ir
beber do teu vinho.
Entregar-me
num gesto
E
refugiar-me na primeira porta
Só
por ter medo de pernoitar ao relento!...
In”PEDAÇOS”
Aldina Cortes Gaspar