quinta-feira, 19 de novembro de 2015

FORTUNA






Ídolo d’ouro, com pés de barro,
vem a ser o milionário.
Não se livra do catarro:
Chega a Parca e adeus Ilário.

Nunca havendo mensageiro
que suborne a sobredita,
nem com montes de dinheiro
ele evita tal visita.

Ouro e barro igual valor
e não pense em os vender.
Boas obras são penhor.

Se a fortuna pôs no ser
e bom sendo administrador,
não é caso p’ra temer.

João d'Alcor