Cansada de querer tanto e nada
ter
Esfrangalhei o limite e
quis-me libertar.
Como uma gaivota enamorada
Que cansada de ser ave, se faz
mar.
Ébria de sol-pôr, escolhi a
madrugada
Cansada de ser verde deixei-me
amadurecer.
Vermelho escarlate de papoila
Que a mão de uma criança há de
colher!...
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Queixosa de mim mesma, de ser
gente.
Exausta de ser vento e de
soprar
Perdi-me na imensidão do
tempo.
…Vontade de ser flor ou de
chorar?!...
Aldina Cortes Gaspar