terça-feira, 28 de janeiro de 2014

PISA: SIM, MAS...


      Para quem ande um pouco afastado das lides da educação, talvez interesse esclarecer que PISA (Programme for International Student Assessment) é um Programa internacional que visa avaliar as aquisições dos alunos. Essas aquisições dizem respeito aos conhecimentos e competências consideradas essenciais nas sociedades modernas para que alguém nelas possa ter uma participação com significado. Ora, identificaram-se três campos de avaliação: a compreensão da Leitura, a Matemática e a Ciências.
Mais do que verificarem o domínio que os jovens de 15 anos têm sobre essas matérias, o PISA procura ver em que medida eles usam os conhecimentos que adquiriram, tendo em vista enfrentar os desafios que hoje se lhes colocam.
A primeira recolha de informação teve lugar em 2000. Seguiram-se mais quatro avaliações, sendo a última em 2012, com a participação de 65 países e o envolvimento de 510 000 alunos, cujos resultados foram há pouco divulgados.
Os inúmeros dados agora publicados reflectem um exaustivo estudo de múltiplas variáveis que vão desde a comparação dos desempenhos dos alunos dos 65 países, nos diferentes campos, considerando aspectos socioeconómicos, equidade, motivação dos alunos, imagem que estes têm de si próprios, expectativas dos pais em relação ao futuro dos filhos, etc., etc..
Ora, Portugal, nesta avaliação, encontra-se, em pontuação, um tudo-nada abaixo da média, numa diferença sem significado estatístico (Matemática – 487 pontos, média 494; Leitura – 488 pontos, média 496; Ciências – 489, média 501).
Entre 2003 e 2012, Portugal foi conseguindo melhorar os seus desempenhos, ao mesmo tempo que reduziu a parcela de baixo desempenho em Matemática. Destaca-se, ainda, que o nosso País foi daqueles que, de entre os países da OCDE, mais melhorou no âmbito da compreensão da Leitura.
Sem entrar em pormenores de análise, diria que Portugal, no que se refere aos resultados do Pisa, já faz parte de um grupo em que entram outros países da U.E. Já não ficamos envergonhados! Mas é com os primeiros da classificação que temos que nos comparar e com esses… ainda há algum caminho a percorrer!

                                         Mário Freire