terça-feira, 11 de setembro de 2012

SERÁ QUE O DINHEIRO CONTRIBUI PARA A FELICIDADE ? - 1


Vários estudos realizados relativos à relação entre o dinheiro e a felicidade chegaram à conclusão que a partir de um certo nível de rendimentos que satisfaça as nossas necessidades da vida, o dinheiro não é garantia de felicidade. Paradoxalmente, apesar de algumas pessoas terem um bom nível de prosperidade material, sentem-se mais infelizes do que outras que lutam para conseguir melhorar a sua vida.
Quem procura melhores condições de vida sente uma motivação interior que lhe dá a energia e o entusiasmo para lutar por um futuro melhor. O problema é que depois de se atingir um certo patamar de riqueza, uma pessoa facilmente se habitua e torna-se mais difícil procurar novas formas de se ser feliz. Acredita que não pode desejar mais, pois conquistou o que todos parecem ambicionar nesta sociedade capitalista: ter dinheiro.
É verdade que uma pessoa com dinheiro tem mais condições de obter o que deseja, seja em adquirir bens materiais, conforto individual e privilégios sociais, seja em proporcionar segurança para a família. Há quem acredite que a riqueza pode comprar a felicidade, o que não é de todo errado, pois ter dinheiro permite-nos fazer coisas que contribuem para o nosso bem-estar. No entanto, já se concluiu que o aumento de rendimentos não é proporcional a um aumento de felicidade. Antes pelo contrário! Uma pessoa materialmente rica mais facilmente entra em depressão por dois motivos: sente um vazio interior por não poder desejar mais do que o que já tem; sente-se em culpa porque tem tudo o que sempre quis e mesmo assim não se sente feliz.
O que nos faz sentir bem é ter sonhos e lutar por eles, é aceitar desafios que nos põem à prova e nos obrigam a ultrapassar obstáculos. Então, se a riqueza material não nos leva à felicidade, porque será que somos tão obcecados com ela?

Rossana Appolloni