Alegria e esperança para todos?
Há uma alegria e uma esperança para nós – O diálogo com a Cultura no espírito do Concílio – este foi o tema da 8ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, a propósito do cinquentenário do início do Concílio Vaticano II. Esta Jornada serviu, ainda, para evocar a encíclica Gaudium et Spes. Esta é considerada como um texto profético, na medida em que, ao contrário do que muitos entendiam, considerou uma Igreja que está no mundo e é do mundo e se encontra profundamente solidária com a condição humana.
Neste documento, logo no início, se diz que “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo.” É certo que a palavra alegria nem sempre fez parte do léxico da Igreja. E, nos dias que vão correndo, em que o desemprego se alarga e a pobreza aumenta, haverá muitos para quem o conteúdo dessas palavras, alegria e esperança, sejam difíceis de viver.
O cristão tem um horizonte alargado, mesmo para além da morte. Mas esse “alargamento ” e o alcançar da alegria e da esperança só serão possíveis em ambiente de solidariedade para com os que precisam ou, dito de outro modo, naquilo que todos, entidades públicas e privadas, e cada um pode fazer para ajudar aquele que está necessitado e que, por vezes, está ali a seu lado.
Mário Freire