Quando temos um problema e não sabemos como resolvê-lo é frequente pensar que, se o conseguirmos ultrapassar, seremos felizes. Imaginar algo do género “se conseguir atingir determinado objetivo resolverei todos os meus problemas” é acreditar que uma vez alcançada a meta (acabar os estudos, mudar de emprego, ganhar mais dinheiro, ser promovido, casar, etc.) vamos conseguir curar os nossos males. Na verdade, podemos até sentir uma forte emoção no momento em que concretizamos um sonho, mas depois, quando a vida retoma a normalidade, a sensação de vazio volta. Como é que se pode então sentir um estado positivo duradouro por oposição a uma emoção fugaz?
Quando pensamos em ser felizes pensamos na felicidade como uma meta, como a fase final de um processo. No entanto, assim que atingimos o objetivo apercebemo-nos que ainda não é suficiente e facilmente nos sentimos insatisfeitos e frustrados. Esta situação tão comum deve-se ao facto de concentrarmos todas as nossas esperanças na meta em si e não no percurso que nos leva até lá. Atingir o objetivo é importante, mas a forma de lá chegarmos acaba por ser tão ou mais importante. Ter objetivos é fundamental mas o que nos preenche mais acaba por ser o prazer que sentimos durante as nossas conquistas diárias para lá chegarmos.
Desta forma, a pergunta que nos devemos fazer não é tanto se somos felizes ou não mas sim o que podemos fazer para sermos cada vez mais felizes: o que é que podemos fazer hoje para nos sentirmos mais felizes do que ontem? E se hoje nos sentimos mais felizes do que ontem, então significa que estamos no caminho certo!