segunda-feira, 25 de junho de 2012

"PÕE QUANTO ÉS NO MÍNIMO QUE FAZES" (Fernando Pessoa)



Se as emoções são o combustível das nossas ações, a motivação é o seu motor. Sem a motivação adequada fazemos as coisas contrariados, o que alimenta sentimentos negativos.
Quer no trabalho, quer na vida pessoal, é importante fazermos escolhas que reflitam o nosso desejo mais profundo, a nossa forma de ver as coisas. Para isso temos de desenvolver a chamada motivação intrínseca, isto é, a motivação que nos leva a fazer escolhas por nós e não por pressões externas.
Quando fazemos algo exclusivamente em função da finalidade (ex. trabalhar para ganhar dinheiro, estudar só para passar num exame, etc.) acabamos por viver dependentes do resultado e da reação dos outros para que essa atividade faça sentido. Pelo contrário, quando nos dedicamos a atividades simplesmente porque queremos e da forma como queremos, aumentamos a nossa autoestima, a nossa perceção de autonomia e de responsabilidade bem como a nossa sensação de bem-estar.
Nestes casos, apesar do resultado poder ser importante, o que mais conta é a atividade em si, e é por isso que nos faz sentir bem. Em geral, tanto as respostas negativas como as positivas (isto é, as repreensões/punições ou os elogios/prémios) têm tendência a reduzir a intensidade da nossa motivação interior na medida em que a longo andar acabam por condicionar o nosso comportamento.
Quanto mais importância damos ao que os outros pensam ou exigem de nós, maior é a nossa dependência externa. Ao perdermos a nossa autonomia emocional, vamos perdendo a autoconfiança e a autoestima. Apesar de ser importante ter um reforço positivo por parte dos pais, colegas, chefes, amigos, etc., necessitamos de uma autodeterminação individual, fruto de uma atitude exclusivamente nossa.
Por isso façamos o que nos motiva interiormente, e mesmo que tenhamos de fazer coisas de que não gostamos, há que encontrar algo positivo que nos dê motivação para darmos o nosso melhor, sempre!

                       Rossana Appolloni