Doce pomba mansa foge das pedradas
Que lá das trincheiras em
lanças te atiram.
Surgem de repente, como as
trovoadas
Porque são indignas nunca
te atingiram.
Quando te molestam segue
rumo ao vento
Quando te perseguem abre
bem as asas.
Apruma o teu bico, sobe o
andamento
Com teu voo certeiro a
maldade arrasas.
Boa pomba mansa iça o teu
voar!...
Não deixes as pedradas
acertar
Na tua verdade. Tantos
desconhecem
Que no teu condado só
reina a pureza
A melhor virtude, a maior
riqueza
E o teu abraço nem todos
merecem!...
Aldina Cortes Gaspar
In “PÂNTANO”