O
ser humano é um ser essencialmente social, pois é na relação com as pessoas que
vai evoluindo, progredindo, aprendendo e crescendo nos vários âmbitos que fazem
parte da sua existência. Viver em completo isolamento é uma tortura e
prejudicial para qualquer um de nós.
Partindo
então do pressuposto que o nosso desenvolvimento, tanto a nível pessoal como
profissional, tem lugar através das relações com as pessoas com quem
interagimos, é extremamente importante desenvolvermos competências que nos
ajudem a ter relações mais harmoniosas, saudáveis e frutuosas. Para isso é
fundamental o papel da nossa inteligência emocional, descrita através da
capacidade de persistirmos num objetivo apesar dos obstáculos (muitas vezes
causados pelos outros), de adiarmos a gratificação (muitas vezes impedida pelos
outros) e de controlar os próprios estados de ânimo, evitando aquele sofrimento
que nos impede de pensar e de discernir.
Não
nos devemos esquecer que os outros não são peças de um puzzle que nós
construímos e que existem para manipularmos consoante as nossas exigências.
Todos nós temos desejos e necessidades e encontrarmos forma de nos encaixarmos para
organizarmos o tal puzzle, sem magoarmos nem lesarmos ninguém, pode ser
difícil, mas é essencial para que o resultado seja positivo e benéfico para
todas as peças que somos nós. Assim, as pessoas que desenvolvem capacidades
positivas para trabalhar em grupo criam um espírito de equipa, adquirem uma
motivação maior, protegem a identidade do grupo, sentem-se solidárias entre
elas e criam sinergias capazes de aumentar a produtividade e resistir melhor a
períodos de crise.
O
desenvolvimento da inteligência emocional contribui para o potenciamento da
consciência e da capacidade de sermos empáticos. Uma das formas de pôr em prática
esta inteligência pode passar simplesmente por pensar, sentir e agir, em cada
situação, fazendo aos outros o que gostávamos que fizessem connosco.
Rossana
Appolloni