A participação dos
pais na escola é factor de melhoria da aprendizagem dos filhos. Esta afirmação
não é gratuita mas, antes, resulta não só da observação dos professores mas,
também, de vários estudos que têm sido feitos no nosso País. Uma das entidades públicas
que mais se tem debruçado sobre esta temática tem sido o Conselho Nacional de Educação, tendo-lhe
dedicado vários seminários e publicações e, mais recentemente, participado num
estudo em que avalia a participação dos pais na política educativa e no
exercício dos seus direitos.
Variadas
podem ser as formas de participação dos pais. Uma das que mais os solicita é a
do acompanhamento dos filhos nos trabalhos escolares. Reconheça-se, no entanto,
que eles nem sempre têm a preparação ou a disponibilidade para esse
acompanhamento. Mesmo assim, tal não deve ser impeditivo de os pais recolherem
alguma informação sobre o trabalho que os filhos, em casa, fazem para a escola,
como o fazem e que tempo lhe dedicam.
Igualmente, os pais não podem
colocar-se de fora das iniciativas da escola, muito especialmente as reuniões
de pais. Muitas destas iniciativas fazem apelo à sua participação directa seja
em festas, debates, visitas, testemunhos sobre as suas vidas profissionais,
etc.. Participar nestes acontecimentos é transmitir aos filhos um sentimento de
interesse por tudo o que se passa na escola e que eles, filhos, não estão sós
no seu trabalho na escola.
A legislação escolar estabelece,
ainda, normas sobre a intervenção dos pais no domínio disciplinar e, ainda, o
direito de representação em diversos órgãos de gestão da escola.
Todas estas diferentes formas de
envolvimento dos pais com a escola ajudam os filhos a comprometerem-se mais com
as aprendizagens que fazem, ao mesmo tempo que sentem que a família e a
instituição escolar não estão de costas voltadas mas, antes, colaboram no mesmo
sentido – o do seu desenvolvimento.
Mário Freire