Há
muitas pessoas que, com a preocupação e a desculpa de não quererem ser
desagradáveis, tentam evitar situações que possam suscitar conflitos. No
entanto, evitar o problema não o resolve, pelo que a sensação de desconforto é
constante, mesmo quando se tenta fazer de conta que se consegue lidar com a
questão através do silêncio, da aparente indiferença.
O
sentimento de raiva, frustração, injustiça ou rancor tem uma energia própria e
quando não consegue encontrar forma de se manifestar, acaba por se canalizar
para o nosso corpo: daí as dores de cabeça, o cansaço, entre outros sintomas.
Além do mal-estar físico, a sensação de angústia permanece. Assim, a única
saída é mesmo aquela de enfrentar o problema e/ou a pessoa que está na origem
da sua existência.
Por
vezes, a nossa tendência é ir aguentando, na esperança que tudo se resolva por
si. Quando afinal nada se resolve sozinho, salta-nos a tampa, como se diz na
linguagem popular, e o que poderíamos ter dito de forma mais tranquila, vem
acompanhado por muita agressividade.
Pode
acontecer que a outra pessoa esteja consciente do mal-estar que lhe anda a
provocar, mas também pode acontecer que não tenha a mínima ideia de lhe estar a
suscitar tais emoções. Nesse caso, porque não encarar o confronto como uma
oportunidade para que a outra pessoa mude de atitude? Se tal não for o caso,
que tal ir dizendo as coisas aos poucos de forma a não ter que explodir de uma
só vez, criando assim outro problema? Ou mesmo que diga tudo, o importante é
levantar a questão, mas de preferência de forma amorosa e construtiva.
Lembre-se:
os outros vão reagir com a mesma energia que nós lhes dermos inicialmente. Se
der amor e compreensão, será isso que vai receber em troca. Para seu bem,
imponha os limites de forma positiva e verá que tudo se revolve.
Rossana
Appolloni