Desde
a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20,
vêm-se registando alguns progressos no combate à pobreza e à prevenção da
degradação ambiental. Mais pessoas têm acesso à água, à educação e aos cuidados
de saúde e, desde então, vários milhões de pessoas conseguiram transpor o
limiar de “um dólar por dia”.
Não
obstante, subsistem ainda grandes desafios. Cerca de 1,6 mil milhões de
pessoas, a maioria no sul da Ásia e na África subsariana, continuam a viver em
situações de pobreza extrema, um sexto da população mundial sofre de
subnutrição grave, os recursos naturais escasseiam (60% estão a ser utilizados
de forma não sustentável) e as emissões de gases com efeito de estufa estão a
aumentar. Além disso, a perspectiva de uma população mundial de nove mil
milhões de habitantes em 2050, a urbanização crescente, a crise económica, bem
como os padrões de consumo e produção actuais, constituem pressões adicionais
sobre o ambiente e sobre os recursos naturais (finitos).
A
União Europeia tem salientado, com insistência, a importância de uma gestão
sustentável dos recursos e do capital natural, em particular nos países em desenvolvimento,
já que estes são instrumentos cruciais no combate à pobreza. Estes países são
os primeiros a ser afectados pelas alterações climáticas e pela degradação
ambiental, uma vez que as cheias, as secas e outros desastres naturais minam os
esforços realizados com vista ao seu desenvolvimento económico e social.
A
União Europeia propõe-se promover uma experiência cooperativa global em
sectores chave, tais como a água, a agricultura, a pesca, a silvicultura, a
energia, etc., e desse modo contribuir para restaurar os recursos naturais e os
ecossistemas.
FNeves