O
mundo está em constante mudança. Hoje em dia, talvez mais do que nunca, tudo é
instável: o emprego, os bens adquiridos, as relações… já nada pode ser
considerado seguro para o resto da vida, pois nunca se sabe o que nos espera. A
incerteza hoje é constante, o que nos obriga a lutar, permanentemente, por
conservar o que nos é caro.
Mesmo
assim, há factores externos que estamos longe de conseguir controlar…
Independentemente da área a que nos referimos, se tudo está em permanente
mudança, significa que amanhã a situação já não será como hoje, quer lhe agrade
quer não.
Se
o mundo nunca deixar de estar em constante transformação, a melhor ferramenta
que temos para lidar com as situações inesperadas que nos ocorrem na vida é a
aprendizagem e a capacidade de adaptação. Se nos limitarmos ao que sabemos e a
pensar em como nos sentíamos confortáveis numa determinada fase da nossa vida
passada, à medida que o tempo passa vamos ficando cada vez mais frustrados com
o que nos rodeia.
Numa investigação
feita nos EUA com idosos, verificou-se que o fator que permitia prever o grau
de satisfação com a vida, mais do que as finanças ou a situação atual das suas
relações, era a disponibilidade para se adaptarem. A abertura para alterarem
alguns dos seus hábitos e expectativas permitia manter um certo nível de
felicidade, mesmo quando as circunstâncias ambientais se alteravam. Os mais
resistentes à mudança, por outro lado, tinham uma menor probabilidade de se
sentirem felizes.
Podemos e devemos treinar a nossa
flexibilidade. Comece com pequenas coisas: deixe de ir sempre ao mesmo café,
experimente situações novas! Esteja aberto a propostas diferentes, fora do seu
âmbito habitual, pois vão ajudá-lo a estar mais aberto e a ser mais flexível
perante o imprevisto da vida.
Rossana Appolloni