segunda-feira, 28 de maio de 2012

O MULTILINGUISMO NA EUROPA


Todos os poliglotas o confirmam: o importante é dar o primeiro passo. Uma vez dominada uma primeira língua estrangeira, a aprendizagem da segunda é mais fácil, a da terceira é mais fácil que a da segunda e assim sucessivamente.
Mas por que razão? Porque a aprendizagem de uma primeira língua põe em marcha técnicas de aquisição muito diferentes das empregadas em matérias tais como a história, a matemática e a biologia.
Ao estudar a segunda língua, adquiridas as já referidas técnicas, a aprendizagem torna-se mais fácil.
Outro factor a favor do multilinguismo na Europa é o fenómeno da compreensão multilingue. A maioria das línguas que se falam na Europa procede de troncos linguísticos comuns. Deste modo, ao aprender uma língua estrangeira, chega-se com maior facilidade à compreensão de outras línguas que pertencem à mesma família. Por exemplo, um francófono que aprende espanhol compreenderá mais facilmente o italiano ou o português. A compreensão multilinguística constitui um dos suportes do programa de aprendizagem de línguas, por parte dos cidadãos europeus.
Mas quem está em melhor situação para se converter num poliglota?
É certo que os jovens se encontram numa posição privilegiada pois que a Escola, em sentido lato, continua a ser o principal momento da aprendizagem. O principal, mas não o único, visto que a aprendizagem de novas línguas é possível ao longo da vida, assim exista motivação para tal.
Cada vez mais empresas, para falar apenas no mundo profissional, oferecem aos seus colaboradores a possibilidade de frequentar cursos de línguas.
À multiplicidade de momentos e lugares destinados à aprendizagem, somam-se os métodos e recursos disponíveis. A relação aluno-professor continua a ser a principal referência: o aluno pode ser jovem ou adulto e o curso pode desenrolar-se numa escola ou dentro da própria empresa.
A aprendizagem de idiomas, mais do que qualquer outra matéria, exige a participação activa dos alunos. O papel do professor consiste hoje em dia, mais do que em motivar, animar, aconselhar, orientar, avaliar e corrigir, em garantir a transmissão de conhecimentos entre um emissor ( o professor) e um receptor (o aluno). Nesse sentido, quer os alunos quer os professores podem beneficiar do aumento dos recursos multimédia e da Internet.
Também a auto-aprendizagem, permite a quem não tenha tempo ou meios de voltar à escola de se formar sozinho, com a ajuda de ferramentas pedagógicas e didácticas adequadas.
Por último, não pode esquecer-se a imersão total. Uma estadia no estrangeiro pode contribuir decisivamente para a aquisição de bases e para o aperfeiçoamento de conhecimentos linguísticos. A diversidade de meios reforça as possibilidades de êxito.

                                               FNeves