Os governos começam a preocupar-se com a educação dos adultos pertencentes a grupos desfavorecidos. O investimento nos adultos de baixa qualificação, tornando a mão-de-obra mais produtiva, pode estimular o crescimento económico. A falta de motivação, a falta de tempo e as restrições financeiras continuam a ser os principais entraves à educação de adultos.
A participação na educação de adultos varia bastante de um país para outro, maior e com maior sucesso nos países do norte da Europa, ao contrário do que sucede nos países do sul.
Também entre grupos populacionais há desigualdades significativas na participação na educação de adultos: as taxas de participação daqueles que frequentaram um curso superior é muito maior que as daqueles com baixa qualificação. Há uma tendência para que as pessoas mais idosas participem muito menos na educação de adultos que os mais jovens. O tipo e a dimensão da empresa é outro factor importante. As PME são, em geral, pouco representadas na formação de adultos.
Os governos dispõem de uma série de incentivos políticos de molde a criar condições estruturais para aumentar os benefícios da educação de adultos. Eles podem melhorar a visibilidade das recompensas de aprendizagem, indicando-as claramente aos indivíduos e às empresas. Eles podem, igualmente, reforçar o reconhecimento das competências adquiridas, seja através de treino formal, seja através de educação informal. Ao mesmo tempo, é essencial garantir que os sistemas de certificação sejam transparentes para os empregadores; caso contrário, as competências poderão ser desvalorizadas no mercado de trabalho. Também o equilíbrio entre a oferta e a procura poderá ser comprometido.
FNeves