Uma
das coisas que mais interfere no processo de crescimento e desenvolvimento do
ser humano é o medo do desconhecido. Uma pessoa agarrada aos seus rituais e
apegada às situações e/ou a outras pessoas fica extremamente incomodada com
situações que implicam o risco de perder o que tem.
Enfrentar
situações novas assusta, preferindo optar quase sempre pela sensação de
segurança, onde tudo é previsível e estável. Desta forma não há surpresas
desagradáveis. Ora, esta opção é antinatural. É verdade que o ser humano é um
animal de hábitos, mas também é um animal de exploração e essa qualidade é-lhe
muitas vezes reprimida pela educação, pela cultura e pela sociedade. Procuramos
um emprego estável, uma relação duradoura, mesmo que essas situações não nos
façam felizes com gostaríamos. Mas antes tê-las do que não ter nada... é comum
pensarmos que antes pouco mas certo do que arriscar. A questão é que se não
arriscarmos, se não ousarmos ir além do que já conhecemos, perdemos inúmeras
oportunidades para sentirmos emoções que nos trazem alegria e bem-estar.
Os seres humanos têm a
tendência inata para indagar e explorar o meio que os circunda. Somos
descobridores inatos e quando partimos à descoberta do mundo todos os nossos
sentidos se ativam. É então que descobrimos que o prazer não se centra apenas
num ponto, não se limita apenas a uma pessoa ou a uma atividade: o prazer
encontra-se disperso!
Explorar o mundo com
responsabilidade e consciência fortalece-nos e enriquece o nosso ser, contribui
para o nosso crescimento emocional, proporciona-nos mais defesas contra o
sofrimento, torna-nos mais flexíveis às mudanças e o medo do desconhecido
vai-se transformando numa ansiedade positiva pela surpresa. Quando vivemos
verdadeiramente é isso que sentimos!