sábado, 3 de agosto de 2013

UMA RECOMENDAÇÃO ESTRATÉGICA



Houve já ocasião, neste blog, de escrever sobre o problema da escolha de um curso e a realização profissional. Foram, então, considerados alguns enfoques e identificadas certas variáveis que poderiam contribuir para compreender melhor a extensão deste magno tema educacional.
Ora o relatório do Conselho Nacional de Educação, há meses publicado, vem enfatizar a importância da orientação escolar e profissional.
            Numa das suas recomendações pode ler-se: “A orientação escolar e profissional deve desempenhar um papel estratégico na elevação dos níveis de qualificação da população portuguesa, ao facilitar o acesso à informação sobre a oferta de educação e formação disponível, ajudando jovens e adultos na construção de uma identidade pessoal e vocacional”.
            A orientação vocacional é, pois, um processo que ajuda o aluno a saber quem é. Mas ela constitui, igualmente, um instrumento de apoio à individualização do ensino, na medida em que auxilia o estudante a procurar um caminho escolar e profissional que mais se lhe adeqúe, tendo em consideração múltiplas variáveis. 
A escolaridade obrigatória de 12 anos vem colocar novos desafios à orientação. Se, à partida, se apresentam inúmeras vias aos alunos que terminam o 9º ano, o grau de exigência do ensino secundário poderá proporcionar maior absentismo e insucesso nos estudos. Caberá, então, ao profissional de orientação, com a colaboração da família, dos professores e dos serviços sociais, encontrar vias que, por um lado, previnam factores negativos na aprendizagem e, por outro, descobrir meios de o aluno melhor desenvolver as suas capacidades.
O Conselho Nacional de Educação recomenda, então, considerando o novo quadro da escolaridade obrigatória, que se defina com clareza uma política para a orientação escolar e profissional. Façamos votos para que tal aconteça.


                                                   Mário Freire