segunda-feira, 5 de agosto de 2013

FLUXO



O conceito de Fluxo foi criado pelo psicólogo Csikszentmihalyi para definir a sensação de total envolvimento numa atividade que gostamos e que nos absorve de tal maneira que perdemos a noção do tempo. A nível profissional, trabalhar num estado de fluxo significa que a pessoa está a concretizar algo fruto da sua motivação máxima, pois trabalhar neste estado proporciona um enorme prazer.
Independentemente de serem tarefas difíceis, se entramos num estado de fluxo o nosso cérebro funciona com um dispêndio energético mínimo, pois o prazer prevalece sobre o cansaço.
 Quando nos sentimos aborrecidos ou em esforço, a nossa atividade cerebral é difusa, mas no decorrer do fluxo, o cérebro torna-se eficiente. Não damos pelo tempo passar e a satisfação que sentimos no que estamos a fazer proporciona-nos bem-estar, além do nível de desempenho ser melhor.
A ideia de que só com sofrimento é que conseguimos atingir os objetivos propostos não se adequa com esta teoria. Segundo Csikszentmihalyi, esforço e bons resultados não se conjugam.
Existe uma situação ideal, diferente para cada um de nós, em que os melhores resultados surgem quando se tem prazer no que se faz e quando sentimos que o desafio proposto é adequado para nós: não é nem demasiado fácil (criar-nos-ia aborrecimento) nem demasiado difícil (criar-nos-ia ansiedade).
 Assim, quando a dificuldade da tarefa vem ao encontro das nossas capacidades entramos num estado onde parece que a ação e a consciência se fundem. E é precisamente neste ponto que se dá a aprendizagem: quando o nosso estado emocional está num nível que nos permite receber mais informação.
Cultivar o estado de fluxo contribui para a nossa felicidade, pois sentir prazer e dar o melhor de si traduz-se em aprendizagem e crescimento pessoal. Qualquer atividade, seja ela qual for, onde se usufrui do percurso e da meta, com a dose certa de desafio, alimenta o nosso ser. 


                             Rossana Appolloni