A
espécie humana é insatisfeita por natureza, o que pode até não ser negativo. A
insatisfação leva-nos a querermos mais, e querermos mais leva-nos a agir para
alcançarmos os nossos desejos e os nossos sonhos. No entanto, a insatisfação
também nos pode levar a estados de tristeza e angústia pela frustração de nunca
termos o que consideramos ser importante para nós.
As
pessoas felizes não têm tudo o que querem, mas querem a maior parte daquilo que
já têm. Dito de outra forma, as pessoas felizes dão valor ao que já
conquistaram, ao contrário das pessoas infelizes que ao estabelecerem metas
inatingíveis tornam os seus feitos num fracasso. O que traz felicidade às
pessoas não é a dificuldade do objetivo em si, mas simplesmente o facto de o
atingir, pelo que estabelecer objetivos que estejam ao nosso alcance é mais
realista e mais factível. Ao ser mais factível, a sua concretização proporciona
uma sensação de satisfação consigo próprio. Isto não significa que não devemos desejar
mais e melhor, mas sim que devemos desejar o que nos é possível alcançar.
Quer
se trate de objetivos profissionais ou familiares, em vez de se imaginar a
pessoa mais rica do mundo ou com a família perfeita, permaneça ligado à
realidade e lute por melhorar as situações ao seu redor, mas não por torná-las
perfeitas.
A
compatibilidade entre os nossos objetivos e os recursos de que dispomos para os
concretizar está diretamente relacionada com a felicidade. Quanto mais
realistas forem, mais nos sentimos bem. Deseje
o melhor para si e ouse sonhar, mas dentro do que é possível alcançar. Quanto
ao resto, pode ser que a vida lhe reserve surpresas, mas não viva frustrado na
esperança que o desejo impossível aconteça. Mais vale ir concretizando pequenos
sonhos do que viver no malogro de nunca concretizar um sonho.
Rossana
Appolloni