Batem asas
no charco, levemente.
Em mim, um
desabafo, forte rumor.
O dia
desfalece de tão quente
Roseiras
em botão perdem a cor.
A lua
enamorada do choupal;
As
sombras, de cinzentas ficam pretas.
Os olhos
em balada nupcial
São flores
seduzindo as borboletas.
As mãos
com perfume d’açucenas
Erguem-se
suplicantes em novenas
Num gesto,
no desejo de te amar!
Pudesse,
eu, em cantigas da falua
Ir contigo
valsar olhando a Lua
Pintar só
para nós, o azul do mar!...
Aldina Cortes Gaspar
“ IN
PÂNTANO”