terça-feira, 28 de abril de 2015

QUANDO OS SONHOS FALAM





Queria amar o sol, o sopro quente
Da beleza do dia que se solta.
Queria ser barquinho na corrente
Que parte sem destino e já não volta.

Queria ser trovão, estrela cadente
Gaivota, madrugada, grão de areia
E, correr, como corre uma nascente.
Beijar o oceano e ser sereia.

Pudesse, eu escrever, versar na água.
Compor em sinfonia horas de mágoa
Em pautas de Ravel ou de Chopin.

Baladas, me cantasse um trovador
Sob malvas de pétalas em flor
E, assim, m´enamorar cada manhã!...



Aldina Cortes Gaspar