O feedback é uma forma
de regulação, isto é, algo que é introduzido num processo, tendo em vista o seu
bom funcionamento. Esta forma de regulação tem lugar em múltiplos campos como
os da mecânica, biologia... Estes mecanismos, na maior parte das vezes, são
automáticos, como os termóstatos que regulam a temperatura ambiente dentro de determinados
limites (por ex. ar condicionado) ou a insulina que vai sendo produzida de
acordo com as concentrações glicémicas no sangue.
Existem, porém, outras formas de
feedback, como as que são utilizadas em educação que, longe de serem
automáticas, têm intencionalidade, visam determinados objectivos, seja nos
resultados de aprendizagem, seja nos modos de aprender, seja nos comportamentos
do aluno, além de a sua utilização ter momentos de oportunidade
A acção de feedback do professor junto
do aluno serve, correntemente, para corrigi-lo. Essa acção, contudo, tem que
partir da observação que ele faz nos diferentes campos em que o aluno se
encontra implicado e traduz-se em mensagens que tentam aumentar-lhe a
compreensão do que está a ser estudado, reorientá-lo na pesquisa, chamar a
atenção para certo comportamento…
Com menos frequência, mas não com
menos impacto na aprendizagem, o feedback pode assumir a forma de um elogio
e/ou incentivo pelos resultados já alcançados. Este tipo de feedback é
particularmente eficaz junto dos alunos que se debatem com dificuldades ou que
as manifestam com uma certa permanência, mas igualmente aplicável a todos os
outros que conseguiram atingir o objectivo fixado.
As mensagens de feedback do
professor, por vezes, nem necessitam de ser muito longas; basta, em certas
circunstâncias, uma pequena observação, uma pergunta, para reorientar o aluno e
fazê-lo trilhar o caminho mais adequado.
Enfim, o feedback certo e em tempo
oportuno, tem um efeito directo na progressão da aprendizagem, aumenta a motivação
do aluno e contribui para a melhoria do ambiente na sala de aula.
Mário Freire