Variedade
gemológica do mineral zoizite
(sorossilicato de alumínio e cálcio, do grupo do epídoto), de cor variável
entre o azul, o lilás e o acastanhado, a tanzanite foi descoberta, em 1967,
pelo goês Manuel de Sousa (1913-1969), nos Montes Merelani, no norte da
Tanzânia (antiga Tanganica), muito perto do vulcão Kilimanjaro.
Tida
por gema muito rara (só é conhecida naquele local), de muita beleza e de grande
valor, caracteriza-se, essencialmente pelo tricroísmo azul, lilás e
acastanhado. A cor azul forte evidencia-se sob luz fluorescente, ao passo que a
cor lilás é mais marcada sob iluminação incandescente.
De
dureza 6,5 a 7, na escala de Mohs (relativamente baixa, no contexto das gemas),
é mais frágil e menos durável que rubis, safiras e diamantes. Assim, deve ser
usada com precaução.
A
identificação desta gema como uma variedade de zoizite foi atribuída a Ian
McCloud, do Serviço Geológico da Tanzânia, em Dodoma, confirmada pelo GIA
(Gemological Institute of America).
O
nome tanzanite foi proposto pela joalharia Tiffany & Co, de Nova Iorque,
tendo em consideração o país de origem desta variedade, desde logo promovida à
categoria de “pedra preciosa do século XX”.
A
maior tanzanite em bruto conhecida pesava 3,38 kg e a maior lapidada tem 252,2
quilates.
De
1967 a 1971, data da nacionalização desta
exploração pelo governo da Tanzânia, foram dali retirados cerca de dois
milhões de quilates de tanzanite. A grande maioria das tanzanites mineradas
surge em tons de castanho. Assim, é necessário proceder a um aquecimento, a
cerca de 400 ºC, para lhe dar a famosa cor lilás, numa prática conhecida e
entendida como normal nos mercados.
Galopim
de Carvalho