sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

CONTRIBUIÇÃO DA EDUCAÇÃO PARA O BEM-ESTAR E O PROGRESSO SOCIAL - 3



Nos dias de hoje, sublinha-se, cada vez mais, a necessidade de valorizar indicadores não económicos, do bem-estar e do progresso social tais como: a melhoria da saúde, a sociabilidade, o reforço da participação cívica e a prevenção da obesidade e da criminalidade.
A educação, apoiada em actividades desenvolvidas em ambiente escolar, tem um efeito positivo sobre a maior parte destes factores de progresso social.

Os responsáveis/decisores em termos de políticas educativas e os professores podem contribuir para melhorar a saúde e a coesão social…
           Os responsáveis/decisores em termos de políticas educativas e os professores, são obrigados a satisfazer os critérios que definem o sucesso escolar: a melhoria dos resultados obtidos pelos alunos, a melhoria da qualidade dos programas e dos métodos pedagógicos ou ainda a capacidade para responder às necessidades das crianças provenientes de meios culturais e linguísticos diferentes.
            A pressão aumenta sobre os responsáveis das políticas educativas, que devem melhorar as performances dos sistemas de ensino, apesar dos recursos públicos limitados. Parece, no entanto, que não será necessário fazer muitos grandes investimentos na reforma dos programas ou na formação dos professores, nem reduzir o tamanho das turmas. Algumas mudanças no ambiente de aprendizagem (valores e filosofia do funcionamento das escolas), acompanhados de ajustamentos ao nível das actividades escolares e extra-escolares, poderão favorecer a aprendizagem pela prática da cidadania activa, dum modo de vida saudável e dum regime alimentar equilibrado.

… mas o sucesso dos seus esforços, depende igualmente da coerência das políticas e das medidas, visando promover o bem-estar e o progresso social. Daí, a necessidade de agir numa escala pangovernamental.
As iniciativas desenvolvidas em ambiente escolar, tendo em vista a promoção do bem-estar e do progresso social, têm maiores possibilidades de sucesso se o ambiente familiar e a comunidade em que crescem as crianças estão em fase com a aprendizagem efectuada na escola. Daí a necessidade de adoptar uma abordagem global, em que cada uma das partes esteja perfeitamente consciente das suas responsabilidades.
            A coerência das políticas supõe que os governos favoreçam as escalas horizontais (entre os Ministérios da Educação, da Saúde, da Família e dos Assuntos Sociais), verticais (entre o poder central e as administrações regionais e locais) e dinâmicas (entre os diferentes níveis de educação). Só a optimização das estruturas referidas, poderá fazer emergir a estratégia pangovernamental, necessária ao progresso social.

                                                                      FNeves