É
noite…
Os
barcos adormecem no mar.
Calam-se
os barcos e escondem-se as palavras
Recolhem
as gaivotas e fecham-se os homens
Com
as esperanças perdidas no tempo.
É
noite…
E
à noite, só a Lua está viva e acordada.
Só
os sonhos passeiam e se demoram
Nos
lábios das crianças.
É
noite…
Na
memória de um tempo sem idade
Cada
noite é, por vezes
Uma
perversa eternidade.
…
E na vastidão desta noite de breu
Não
sei quem se tinge mais de escuro
Se
és tu, bendita noite, se sou Eu!...
In”PEDAÇOS”
Aldina Cortes Gaspar