Quem nos disse que o tempo voa
vai dizer que em tal não cria.
Gosto teve de andar à toa,
ao sabor da fantasia.
Esta diz o que lhe apraz,
qual em jogo que entretém.
Fale quem poesia faz
do prazer que nisso tem.
Não ter asas e voar,
quanto a nós, em nada é estranho.
Fora outrora; hoje já não.
Longe de labéu a condenar,
fantasia é dom tamanho:
Pede aval e com razão.
João d’Alcor