sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A GOTA D´ÁGUA






Uma gota d’água fresca, luzidia
Caiu sobre a vastidão da natureza.
Uma lágrima de fada, ela parecia.
Nem aos deuses coube, assim, tanta beleza.

Caem gotas, muitas gotas, podes vê-las
P’la vidraça da janela sem abrires.
Brilham como diamantes, como estrelas.
Todas juntas vão lavar o arco - íris.

Caem bruscas, as catraias das gotinhas!...
Cai a chuva picadinha lá do céu.
Ansiosas, as esperam, as meninas
P’ra com elas salpicar o seu chapéu.

As gotas diluídas na corrente
Vão encher todo o rio até à foz.
Põe-se o sol com mais cor, lá no poente
E a vida vibra mais dentro de nós!...

No cair de uma chuvada há melodia.
Após, cada tempestade, surge a bonança.
Fica a Terra inundada de poesia
De baladas, fantasias e esperança!...

Aldina Cortes Gaspar